“O Brasil precisa voltar a enxergar a mineração como ferramenta de desenvolvimento”, afirmou Luiz Vessani, presidente do Sindicato da Indústria de Mineração do Estado de Goiás e do Distrito Federal (Minde), durante a solenidade que celebrou os 50 anos do curso técnico de Mineração do Instituto Federal de Goiás (IFG), campus Goiânia. O evento reuniu representantes do setor produtivo, da academia e de entidades profissionais.
Vessani, que representou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André Rocha, destacou a trajetória da mineração goiana desde a década de 1970 e o papel da formação técnica na consolidação do setor.
“A mineração era um exercício de esperança de desenvolvimento”, afirmou. Segundo ele, o segmento enfrenta hoje restrições e críticas que obscurecem seu papel econômico. “Deixou de ser vista como instrumento de progresso e passou a ser tratada como problema ambiental”, completou.
O dirigente comparou a experiência brasileira à da China, que, segundo ele, “soube planejar o desenvolvimento a partir dos recursos naturais, com inteligência e competência”. Vessani defendeu que a mineração seja reconhecida como parte da solução ambiental, “não como vilã”.
A reitora do IFG, Oneida Cristina Gomes Barcelos, ressaltou o significado histórico da data e o papel do ensino técnico na transformação social. “Formar profissionais não é apenas ensinar a técnica, mas compreender o sentido social, ambiental e humano do trabalho”, afirmou. Para ela, o curso técnico de Mineração “é parte viva da história da educação profissional e tecnológica do país” e o jubileu de ouro deve ser “um marco de renovação dos compromissos com a qualidade, o desenvolvimento sustentável e a justiça social”.
Fonte: Fieg



