O Sindicato das Indústrias da Mineração de Goiás e DF (Minde) e a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) participaram, nesta terça-feira (2/12), do Encontro do Fórum Permanente do Setor de Mineração, realizado na Assembleia Legislativa de Goiás. O evento reuniu representantes do setor produtivo, governo estadual e prefeitos de municípios mineradores para discutir o Plano Estadual de Recursos Minerais (PERM GO).
Luiz Vessani, presidente Minde, esteve no encontro em nome do presidente da entidade, André Rocha. Também participaram o presidente da Câmara Setorial da Mineração da Fieg (Casmim), Itair Nunes, e o presidente do Conselho Temático do Agronegócio (CTA), Marduk Duarte.
Na abertura, o deputado estadual Lineu Olímpio (MDB), presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembleia, destacou a importância de Goiás se posicionar na agenda da transição energética e estabelecer diretrizes para o avanço sustentável da atividade mineral no estado.
Luiz Vessani destacou a necessidade de tratar a mineração como parte estratégica para o desenvolvimento econômico, social e ambiental de Goiás. Segundo ele, apesar da relevância do setor, ainda existe um olhar burocrático e muitas vezes negativo sobre a atividade, o que dificulta o avanço de projetos essenciais para o estado.
Mineração como oportunidade para Goiás
Vessani ressaltou que Goiás tem condições únicas para aproveitar melhor o potencial mineral, especialmente em regiões de terras raras — onde já existem operações estruturadas e novos empreendimentos em fase de ampliação.
“A nossa função aqui é aproveitar essa oportunidade e facilitar que as coisas aconteçam para o bem da sociedade.”
Ele enfatizou que a mineração, quando conduzida de forma responsável, se torna uma aliada não apenas do desenvolvimento econômico, mas também de agendas urgentes, como a transição energética e as soluções climáticas.
“A mineração é a base de tudo. Se a gente trabalha com medo da mineração, acabamos atrapalhando o desenvolvimento das cadeias produtivas e até das soluções necessárias para a questão climática.”
Superar barreiras burocráticas
De acordo com Vessani, muitos desafios enfrentados pelo setor derivam de visões distorcidas ou excessivamente burocráticas, que impedem análises técnicas mais objetivas sobre os projetos em andamento.
“Nós temos uma visão burocrática e negativa da mineração. Precisamos olhar para o setor com realidade, objetividade e responsabilidade.”
Ele defendeu que a sociedade avance em modelos de governança capazes de equilibrar exploração mineral, preservação ambiental e benefícios socioeconômicos para os municípios mineradores.
Mineração alinhada às demandas ambientais
Vessani reforçou que a modernização do setor passa necessariamente por práticas sustentáveis e por processos mais eficientes de licenciamento e monitoramento ambiental.
“Precisamos buscar soluções adequadas para que a mineração esteja alinhada às demandas ambientais. As exigências ambientais são importantes — e a mineração pode atendê-las, desde que haja diálogo e objetividade.”


