Março é um mês de reflexão sobre os avanços e desafios da mulher no mercado de trabalho, e na mineração não é diferente. Tradicionalmente dominado por homens, o setor tem ampliado a presença feminina.
Apesar da presença feminina no setor ainda ser limitada – representando cerca de 23% da força de trabalho e menos de 11% dos cargos em conselhos administrativos, segundo o relatório de 2024 da WIM Brasil – iniciativas como o Women in Mining Brasil (WIM Brasil) têm desempenhado um papel fundamental na promoção da equidade.
“A presença feminina em cargos de decisão é essencial para trazer diferentes perspectivas e impulsionar a inovação. Empresas em Goiás podem aderir ao nosso Plano de Ação e se comprometer a ampliar a participação das mulheres tanto na operação quanto na liderança”, destaca Isabela Cunha, diretora de Governança do WIM Brasil.
Em Goiás, mineradoras associadas ao Minde como Aclara Resources, CMOC, Lhoist, Serra Verde e Mosaic aderiram ao Plano de Ação do WIM Brasil, comprometendo-se a ampliar a presença feminina no setor. Além disso, empresas como Lundin Mining, AngloGold Ashanti, Anglo American e Hochschild atuam como patrocinadoras do movimento, fortalecendo as iniciativas de inclusão e equidade de gênero na mineração.
Para Rosana Ozório, coordenadora de Meio Ambiente e Licenciamento da Aclara Resources, esse movimento é essencial para criar um ambiente mais inclusivo.
“Precisamos de políticas estruturadas que incentivem o crescimento e a retenção das mulheres na mineração, garantindo oportunidades reais de desenvolvimento profissional”, afirma.
Já Cibele Arantes, coordenadora de Recursos Humanos da Hochschild, ressalta a importância do investimento em treinamentos e programas de mentoria.
“O desafio não é apenas atrair mais mulheres para o setor, mas assegurar que elas tenham condições de crescer dentro da empresa. Nossa meta é construir um ambiente que valorize a equidade e crie oportunidades para que as mulheres ocupem espaços estratégicos.”
